quinta-feira, 27 de maio de 2010

mary jo

mary jo, sitting alone
drinking tea, she just got home
she wants, I don't know what you want

mary jo, living alone
drinking gin with the telly on
she wants

the night to follow day and back again
she doesn't want to sleep
well who could blame her if she wants?
the night to follow day and back again
she doesn't want to sleep
well who could blame her, if she sleeps?
well who could blame her, if she sleeps?
well who could blame her, if she's sleeping?

mary jo, back with yourself
for company, keep telling yourself you're young
it'll happen soon

mary jo, no one can see
what you've been through
now you've got love to burn

it's someone else's turn to go through Hell
now you can see them come from twenty yards
yeah you can tell
it's someone else's turn to take a fall
and now you are the one who's strong enough to help them
the one who's strong enough to help them
the one who's strong enough to help them all

mary jo, you're looking thin
you're reading a book, "The State I Am In"

but oh, it doesn't help at all
that you want is a cigarette
and a thespian with a caravanette in Hull

because life is never dull in your dreams
a pity that it never seems to work the way you see it
life is never dull in your dreams
a sorry tale of action and the men you left for
women, and the men you left for
intrigue, and the men you left for dead

terça-feira, 18 de maio de 2010

super mário

o homem do botão

quando a velha nave espacial do mundo for um
[dia a pique
não haverá iceberg nenhum que o explique... apenas
um de nós, em desespero
- como quem se livra de terrível dor de cabeça
[com uma bala rápida no ouvido -
vai apertar primeiro o botão:
clic!
tão simples... e os mais espertos venderão,
a preços populares, arquibancadas na lua
ou caríssimos camarotes de luxo
para que possam todos assistir à nossa última
[função
o perigo
é que a arquibancada desabe
ou que a própria lua venha a cair no caldeirão fervente.
enquanto isso, deus, que afinal é clemente,
põe-se a cogitar na criação, em outro mundo,
de uma nova humanidade
- sem livre arbítrio -
principalmente sem livre arbítrio...
mas com esse puro instinto animal
que o homem do botão atribuía apenas às espécies
[inferiores.

porto parado

no movimento
lento
das barcaças
amarradas
o dia,
sonolento
vai inventando as variações das nuvens...

matinal

entra o sol, gato amarelo, e fica
à minha espreita, no tapete claro.
antes de abrir os olhos, sei que o dia
virá olhar-me por detrás das árvores.

ah! sentir-me ainda vivo sobre a face da terra
enquanto a vida me devora...
me espreguiço, entredurmo... o anjo da luz espera-me
como alguém que vigiasse uma crisálida.

pé ante pé, do leito, aproxima-se um verso
para a canção de despertar:
os ritmos do tráfego vibram como uma cigarra,

a tua voz nas minhas veias corre,
e alguns pedaços coloridos do meu sonho
devem andar por esse ar, perdidos...

continua...




quinta-feira, 6 de maio de 2010

lalalala

fon fin fan fin fun machucando a noite, noite de verão, verão solidão, ai, fon fin fan fin fun lá dentro do meu coraçao

o galo cantou, já é magrugada, sereno molhou cada flor da estrada, lua clareou as pedras no chão, rompe um fole triste nesta noite de verão

um trio de efeitos

"- sempre fui bom, nunca fui bad. posso ser mau se eu quiser, nada impede. mas é um dom quase profético, nasci assim, sou assim, é genético.

- nunca fui bom, sempre fui médio. nasci assim, que fazer, que remédio? vou melhorar, é o que veremos, sou todo assim mais ou menos.

- sempre fui bom.

- sempre fui médio.

-é o meu dom...

-... e o meu tédio.

- eu ja sou má, má espontânea. ó!, nunca vi crueldade tamanha. ódio mortal! do fundo do peito, não sei porque que eu nasci desse jeito!

-eu sou tao bom...

-... tenho uns defeitos

- quero matar o primeiro sujeito.

- médio...

-... má

- bom.

- um trio de efeitos, juntos seremos eleitos.

- sou o melhor.

- sou a pior.

- sou um medíocre perfeito.

- quero sucesso.

- quero fracasso.

- sei que pra mim regular é já o máximo."